Trump e as sanções: o que ele quer com isso? - Resenha crítica - 12min Originals
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Trump e as sanções: o que ele quer com isso? - resenha crítica

Trump e as sanções: o que ele quer com isso? Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Trump e as sanções: o que ele quer com isso?

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

Donald Trump voltou à presidência dos Estados Unidos com mais poder — e menos freios. Apesar de estar em seu segundo mandato (e, pela Constituição, impedido de concorrer novamente), ele age como se ainda estivesse em campanha. Nos meses de junho e julho, adotou uma ofensiva econômica agressiva contra vários países, impondo tarifas de 10% a 50% sobre exportações do Brasil, China, Índia, África do Sul, Rússia e até de aliados europeus. O alvo principal: países que participam do BRICS, grupo que Trump acusa de tentar destruir o dólar.

Essas medidas são parte de uma estratégia maior. Trump não quer apenas proteger a economia americana — ele quer reforçar seu poder político e ideológico, dentro e fora do país. Está usando tarifas como arma de pressão internacional e como ferramenta para reforçar sua base populista nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, nomeia aliados para cargos estratégicos, pressiona o Judiciário e articula quem será seu “sucessor oficial” em 2028.

Este microbook explica como as ações de Trump estão afetando a economia americana, quem são seus aliados, como ele mantém o controle do país mesmo sem disputar nova eleição — e o que tudo isso significa para os próprios Estados Unidos.

Impacto doméstico: como as tarifas estão mudando a vida dentro dos Estados Unidos

Desde que reassumiu, Trump impôs tarifas pesadas sobre importações de dezenas de países — incluindo 50% sobre produtos brasileiros, 25% sobre itens da China e 10% sobre todos os membros do BRICS. Essas tarifas são impostos pagos por empresas americanas ao importar produtos de fora. Ou seja: quem paga a conta são os próprios empresários e, no fim das contas, os consumidores.

Na prática, isso está encarecendo o preço de alimentos, equipamentos industriais, carros, roupas, materiais de construção e tecnologia. Um notebook importado da China, por exemplo, pode chegar 30% mais caro nas prateleiras americanas. Isso pressiona a inflação e reduz o poder de compra da população — especialmente de famílias de classe média e baixa.

Além disso, setores como agricultura, automóveis e energia sofrem com a queda nas exportações. Muitos países retaliam as tarifas de Trump impondo taxas aos produtos americanos, o que torna os Estados Unidos menos competitivos. Isso ameaça empregos em estados agrícolas e industriais, que são justamente as regiões onde Trump tem maior apoio político.

Apesar disso, a arrecadação federal aumentou com as tarifas, o que Trump usa como argumento de sucesso. Mas economistas alertam: esse ganho é temporário e vem à custa do crescimento. O Federal Reserve já reduziu a previsão do PIB de 2,1% para 1,6% em 2025, e há risco de desaceleração mais acentuada nos próximos meses.

Ou seja, a política comercial de Trump reforça sua imagem política, mas cria tensões reais dentro da economia americana.

Quem ele está atacando (e por quê): o confronto com o BRICS e aliados europeus

Desde junho de 2025, Donald Trump tem intensificado uma ofensiva comercial contra os países do BRICS — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A justificativa oficial é econômica: segundo ele, esses países adotam práticas comerciais desleais. Mas o verdadeiro motivo é político. Trump acusa o BRICS de tentar “destruir o dólar como moeda global”, depois que o grupo começou a discutir formas de comércio internacional baseadas em moedas locais ou em uma nova moeda comum.

Como resposta, os Estados Unidos impuseram tarifas extras de 10% a 50% sobre todos os membros do BRICS, afetando setores como agricultura, mineração, energia e tecnologia. O Brasil, por exemplo, sofreu diretamente com a sobretaxa sobre o cobre e a investigação contra o Pix. A Índia e a África do Sul, apesar de manterem uma relação mais equilibrada com Washington, também foram penalizadas.

Além do BRICS, países aliados dos Estados Unidos também entraram na mira: União Europeia, Canadá, Japão e Austrália receberam ameaças ou ajustes tarifários. A mensagem é clara: qualquer país que questione a hegemonia americana ou se aproxime demais da China e da Rússia será punido — mesmo sendo parceiro comercial tradicional.

Na prática, Trump está usando tarifas para redesenhar alianças internacionais. Quer forçar os países a escolherem um lado, e centralizar os Estados Unidos como polo dominante. Essa estratégia amplia sua popularidade entre eleitores que veem o mundo como uma ameaça ao poder americano, mas também isola diplomaticamente os Estados Unidos e fragiliza o sistema global de comércio.

Como Trump se mantém no centro do poder (mesmo sem poder disputar 2028)

Donald Trump não poderá concorrer à presidência em 2028. Pela Constituição dos Estados Unidos, o limite é de dois mandatos. Mesmo assim, ele atua como se estivesse preparando uma nova campanha. A diferença é que, desta vez, o objetivo não é voltar ao cargo — mas manter o controle de quem vai ocupar o poder depois dele.

Trump já declarou publicamente que irá “escolher a pessoa que continuará sua missão”. Nos bastidores, articula nomes como o governador da Flórida, a senadora JD Vance e até seu filho Donald Trump Jr., todos alinhados ao seu discurso nacionalista e antissistema. Ele usa sua base de apoiadores, redes sociais como a Truth Social e eventos partidários para posicionar esse sucessor como herdeiro político direto, capaz de manter suas políticas e protegê-lo de qualquer revés legal ou institucional após o mandato.

Além disso, Trump trabalha para moldar o Partido Republicano de forma permanente. Apoiadores seus ocupam cargos no Congresso, em governos estaduais e em cortes federais — resultado de uma estratégia de nomeações iniciada em seu primeiro mandato. Ele também pressiona aliados a não se desviarem da “doutrina Trump”: protecionismo, conservadorismo extremo, ataques à imprensa e desconfiança das instituições tradicionais.

Mesmo fora da disputa em 2028, Trump busca manter sua influência total sobre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Seu plano é deixar o governo, mas continuar decidindo — como figura central de um movimento que ultrapassa partidos, mandatos e até a própria Constituição.

Quem está com ele: os aliados que sustentam essa estratégia de poder

Donald Trump nunca governou sozinho — e seu poder em 2025 depende de uma rede de aliados políticos, empresariais e institucionais cuidadosamente construída desde 2016. Essa rede é o que sustenta sua autoridade atual e garante sua permanência no centro do jogo, mesmo sem possibilidade legal de disputar um terceiro mandato.

No Congresso, Trump conta com maioria republicana na Câmara e forte influência no Senado. Muitos dos parlamentares que hoje o apoiam chegaram ao cargo com seu endosso direto, comprometendo-se a manter sua agenda: tarifas protecionistas, cortes de regulação ambiental, defesa irrestrita da Segunda Emenda e endurecimento da política imigratória.

Nos estados, governadores como Ron DeSantis (Flórida), Kristi Noem (Dakota do Sul) e Greg Abbott (Texas) funcionam como braços regionais do trumpismo, aplicando políticas locais que refletem a retórica nacional. Alguns deles são potenciais candidatos em 2028 — e, por isso, mantêm fidelidade total ao ex-presidente em troca de apoio futuro.

No campo jurídico e institucional, Trump fortaleceu sua posição ao nomear centenas de juízes federais e influenciar diretamente a composição de agências reguladoras, como FCC, EPA e FTC. Essas nomeações foram feitas com foco ideológico: garantir que, mesmo após sua saída, suas diretrizes continuem valendo.

Por fim, a base empresarial que o apoia é formada por setores do petróleo, agronegócio, indústria pesada e redes de mídia conservadora. Juntos, eles garantem financiamento, blindagem narrativa e apoio estratégico à sua permanência como líder informal da direita americana.

O que isso está fazendo com os Estados Unidos: economia, imagem e tensão institucional

A estratégia de Donald Trump fortalece sua base política, mas tem custos crescentes para os Estados Unidos como nação. No plano econômico, os efeitos das tarifas já são visíveis: aumento no custo de vida, pressão inflacionária, retração nas exportações e incerteza entre investidores. Grandes empresas americanas de tecnologia, agricultura e manufatura perderam contratos em países retaliados, e cadeias de suprimento foram desorganizadas — especialmente em setores que dependem de insumos asiáticos.

Internamente, o país vive um clima de polarização institucional intensa. O Executivo concentra mais poderes, por meio de decretos e ordens executivas, enquanto o Judiciário e parte do Congresso tentam frear os excessos. Isso gera paralisações, batalhas jurídicas e desconfiança sobre os limites constitucionais. Trump questiona a legitimidade de tribunais, ataca a imprensa com frequência e enfraquece os canais tradicionais de equilíbrio entre os poderes.

No exterior, a imagem dos Estados Unidos se deteriora. Aliados históricos — como Alemanha, França e Japão — passaram a negociar acordos comerciais à margem de Washington. A postura agressiva e imprevisível do governo afasta investimentos e coloca em dúvida o compromisso americano com normas internacionais. Os Estados Unidos deixaram de ser o eixo de estabilidade global e passaram a ser vistos, por muitos, como um fator de risco geopolítico.

O resultado é paradoxal: Trump projeta força, mas enfraquece o país. Ao priorizar controle interno e confronto externo, ele concentra poder — mas às custas da reputação, da coesão institucional e da confiança no sistema democrático americano.

O que pode acontecer agora: sucessão, risco de ruptura e futuro da política americana

Com Trump impedido de concorrer em 2028, o cenário político dos Estados Unidos entra em território incerto. O ex-presidente tem deixado claro que pretende escolher seu sucessor, o que transforma a próxima eleição em uma disputa por fidelidade, não apenas por votos. O risco é que o trumpismo sobreviva à figura de Trump, mas com ainda menos moderação institucional.

Entre os possíveis nomes, surgem políticos como o senador JD Vance, o governador Greg Abbott e o próprio Donald Trump Jr. Todos têm algo em comum: são totalmente alinhados à retórica populista, nacionalista e antissistema que Trump consolidou desde 2016. Qualquer um deles, com o apoio direto de Trump, se torna automaticamente favorito na disputa republicana.

Ao mesmo tempo, cresce nos bastidores a articulação de alas mais tradicionais do Partido Republicano, que buscam recuperar algum grau de previsibilidade e controle interno. Mas essa ala está enfraquecida, sem força popular. Do lado democrata, o desgaste do governo Biden e a ausência de nomes fortes criam um vácuo — o que abre espaço para radicalizações em ambos os lados.

Especialistas alertam para a possibilidade de ruptura institucional, caso Trump tente manter sua influência mesmo após o fim do mandato formal, seja contestando resultados futuros ou operando um “terceiro mandato indireto”. O risco maior não é ele disputar — é ele não sair de cena.

O que está em jogo nos próximos anos não é apenas a liderança dos Estados Unidos, mas o modelo de democracia que o país será capaz (ou não) de sustentar depois de Trump.

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